Diversidade: Porque sim, existir é coletivo!

Diversidade: Porque sim, existir é coletivo!

Olá, GreenPeople!

É com muita felicidade que estarei por aqui, uma vez por mês, abordando temas vinculados a diversidade, empreendedorismo e poesia autoral. Vamos nessa?

“O preconceito é um fardo que confunde o passado, ameaça o futuro e torna o presente inacessível”
Maya Angelou

Há uma quarentena em cada janela. Uma espécie de auto UTI. Há também uma urgência de cura coletiva. Cura do corpo, da mente, do planeta e do nosso senso deturpado de humanidade, que há séculos vem propagando tanto preconceito por aí.

A diferença é algo que compõe a condição humana e consequentemente à ideia de humanidade. Portanto, a diversidade pode ser compreendida, como uma condição complexa e multidimensional e, está longe de ser um movimento único, de uma única voz.

Hoje, mais do que nunca, as empresas tem um papel educacional para com a sociedade. Nenhuma instituição sobreviverá a era pós pandemia, se não cultivar valores mais humanos e uma equipe mais diversa! Contribuir para um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo a todas e todos, deve ser o foco agora.

Para além do fator humano e da justiça social, um ambiente inclusivo, que pretenda valorizar a diversidade e combater quaisquer atitudes discriminatórias, é comprovadamente mais inovador e mais produtivo. Portanto, garantir oportunidades de trabalho e renda a grupos historicamente discriminados pela sociedade, entre eles mulheres, negros, pessoas com deficiência, população LGBTQIA+, imigrantes, pessoas idosas, entre tantos outros, também pode trazer vantagens competitivas e uma melhora substancial no desempenho financeiro dessas instituições.

Um estudo intitulado, Delivering Through Diversity, da consultoria McKinsey (2018), reafirmou a relação entre aumento da diversidade étnica e de gênero com o aumento do desempenho financeiro das empresas avaliadas. Este estudo mostrou que empresas com diversidade de gênero em suas equipes executivas, são 21 % mais propensas a ter uma rentabilidade acima da média do que as outras. Em relação as empresas com maior diversidade étnica, essas possuem 33% mais propensão à rentabilidade.

Sabem de uma coisa? Eu acredito que o futuro, além de digital, volátil, incerto e complexo, será mais equânime e menos adjetificado. No fundo, todo adjetivo é uma limitação. E toda limitação diminui a humanidade da gente. Portanto, chegou a hora de criarmos ambientes de acolhimento e confiança, dentro das nossas casas e nas instituições em que trabalhamos, onde seja permitido debater essas questões, de forma empática. Para que possamos aprender, desaprender e reaprender com o outro(a) e a todo momento.

Desta forma, as provocações aqui propostas são pontos de partida para a (re)construção desse novo mundo, pós pandemia, mais sustentável, diverso, amplo e coletivo. Porque sim, existir é coletivo!



Afeto, poesia, diversidade, empreendedorismo e gambiarras. Graduada em direito, com especialização em Gestão Pública, Gestão de projetos, mestranda em Estado, Governo e Políticas Públicas. Atua há mais de 7 anos com políticas públicas relacionadas ao empreendedorismo. Atualmente trabalha como diretora financeira no Instituto Cultural do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais.

Escrito por  Clarissa Perna.

Foto e arte: Victoria Villasana (artista mexicana)


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