Imunidade e alimentação: afinal, qual a relação?

Imunidade e alimentação: afinal, qual a relação?

Há 2 anos, com o início da pandemia do COVID-19 e isolamento social, um alerta começou a ser disparado para a maioria das pessoas: a própria saúde! Através de questionamentos sobre a saúde de forma geral, mas em especial a imunidade. Incansavelmente os cientistas pesquisam e, na prática, muitos buscam, todos os dias, um ponto em comum: como ter uma boa imunidade.

Já adianto que não há receita milagrosa. Não é um alimento isolado, um suplemento especial ou uma dieta específica que, sozinhos, possuem a capacidade de garantir uma boa imunidade. Vale lembrar também que, muitos fatores externos podem influenciar, negativamente na imunidade e na saúde como um todo. Má alimentação, estresse, privação de sono, má digestão e absorção de nutrientes e sedentarismo são alguns exemplos.

Sabe-se que o sistema imunológico é constituído por uma complexa rede de células e moléculas, que têm a capacidade de reconhecer corpos estranhos e apresentar uma resposta eficiente. Para que essa engrenagem funcione da melhor forma possível, o principal combustível é a energia que ganhamos dos nutrientes e alimentos.

Para que o sistema imunológico e todos os demais sistemas fisiológicos humanos tenham um bom funcionamento, é imprescindível termos uma alimentação saudável e equilibrada, que inclua macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) e micronutrientes (vitaminas e minerais).

Pode parecer complicado, mas a orientação principal é bem simples: comece optando pelos alimentos “in natura” ou minimamente processados. Esse grupo possui nutrientes com propriedades protetoras, antioxidantes e antinflamatórias. Além disso, são alimentos fontes das vitaminas e minerais que fazem parte do sistema imunológico.

Merecem destaque e com as suas respectivas fontes:

- vitamina A - ovos, leite e derivados, fígado, legumes e verduras de cor alaranjada (abóbora, mamão, manga, cenoura), e da cor verde-escuro (couve, agrião, rúcula, espinafre)

- vitaminas do complexo B, em especial B2, B6, B9 e B12 – Grãos e cereais integrais, leite e derivados, carnes, ovos, ervilhas, soja,

- vitamina C: frutas cítricas (laranja, limão,

- vitamina D: exposição aos raios solares, óleos de fígado e peixes

- vitamina E: diversos óleos, sementes e oleaginosas, nozes, amêndoas, semente de girassol, avelãs e amendoim, óleos de gérmen de trigo, cartamo e girassol.

- ferro: carnes em geral, leguminosas

- magnésio: cereais integrais, nozes, frutas (banana, abacate), salmão

- zinco: azeite, peixes (salão, atum), chia, linhaça

- selênio: castanha do Pará, trigo, arroz, gema de ovo e frango

- probióticos: leites e derivados

Dessa forma, fica então o convite para você olhar para o seu prato, para as suas refeições e perceber o que vem consumindo. Ressalto o poder dos alimentos, sem segredos, fazendo o básico, comendo comida de verdade e em quantidade equilibrada para você não só ter uma resposta imunológica eficiente, mas para auxiliar na saúde geral.

E lembre-se que você é o grande maestro da sua vida, através da manutenção do estado de saúde com alimentação saudável, hidratação adequada, atividade física,  segurança  alimentar e  horas  adequadas  de  sono,  você vai contribuir para o fortalecimento da imunidade, e para a prevenção de outras doenças crônicas e prevalentes.

Fonte: Dra. Patrícia Moll

 Patrícia Moll, médica, com residência em Clínica Médica (Hospital Federal de Bonsucesso) e pós-graduada em Nutrologia (ABRAN e Hospital Israelita Albert Einstein), traz na sua formação o olhar integral para o ser humano, não se limitando a órgãos ou doenças. Na sua prática clínica, o acolhimento e a abordagem integral ao cuidado, são realizados de forma rotineira.


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